© Paulo Abreu e Lima

terça-feira, 2 de julho de 2013

Sem apelo nem agravo

Concorde-se ou não, bem ou mal, foi Vítor Gaspar, sob intervenção externa, quem ditou a presente austeridade. A partir de agora serão os credores internacionais que a vão prescrever. À miúda réstia de soberania que nos restava, em grande parte devido à credibilidade internacional do ex-Ministro das Finanças, sucederá uma tomada firme estrangeira. A sobrecarga de sacrifícios que se avizinha não terá paralelo com o histórico anterior. Se já andávamos de gambiarra na mão, doravante só nos resta sentir o lento e plúmbeo crepitar das cinzas. É no que dá brincar com bombinhas de carnaval em forma de missivas. Agora sim: fujamos ou seremos mortos.