© Paulo Abreu e Lima

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Qual Cultura...?

Sem qualquer dúvida quanto aos nefastos e catastróficos efeitos da crise na Cultura, em nada me apraz dizer que esta, como em outros pilares do Estado de Direito – Educação Pública, Serviço Nacional de Saúde, Defesa Nacional, entre mais – foi (e ainda é) um rico negócio para alguns e um muito bom sustento para outros. Por outro lado, se me quiserem falar da penúria financeira pela qual a Cultura em Portugal atravessa, não se esqueçam, igualmente, de mencionar o tecido fértil de egos inflados, de compadrios, intrigas e demais habilidades com que esta se foi cosendo ao longo dos últimos anos. É que há muita lebre escondida com igual quantidade de rabo de gato de fora. E por falar em bicharada, não se esqueçam ainda do mundo canino onde autores, produtores, comunicadores e, principalmente, outros "actores" se vão movendo. Reptilineamente, claro.

2 comentários:

  1. Tem toda a razão, Paulo! A Cultura não sofre mais com a crise do que o resto e, na verdade, este é, sempre foi, um país que à Cultura liga pouco. Haver uma Associação de "Professores de Português" que considera que incluir a literatura no ensino da língua materna é "elitista" é apenas um mero exemplo. E há depois todos aqueles subsídio-dependentes e as "trafulhices" do costume. Enfim...

    Beijinho :)

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    1. Isabel, mesmo na sua área: quem mais beneficia com o novo acordo ortográfico ou mesmo com a vigência dos dois em simultâneo? Com a nova terminologia gramatical (TLEBS)? Mais no passado, com as mudanças anuais de manuais escolares? Como referi, também há muita gente que ganhou, ou ganha, com o Ensino - olhe, não sei por quê, veio-me à cabeça o Instituto Piaget... Darei novos exemplos, mas em boa verdade, houve, como há, muita gente que ganhou muito com a Cultura em Portugal. Sempre em nome dela, claro, mas para proveito apenas de alguns.

      Beijinho :)

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