Somos todos muito parecidos na essência. André, o moço que me venera quase todos os dias, que me olha fixamente como se me adorasse, que me traz o lanche, me pede conversa e desenha para mim, larga-me da mão mal chega a senhora que lhe oferece o chocolate quente, uma vez por semana. Nesse dia respiro aliviada, sem olhos presentes, sem conversas insistentes. Cinquenta cêntimos*, cinquenta cêntimos valem mais do que uma semana de paciência, e são responsáveis pelo meu sentimento de alívio. É muita carga para uma simples moedinha, deveremos considerar.
( *ou de como o mundo também acaba, quando se extinguir o chocolate...)
( *ou de como o mundo também acaba, quando se extinguir o chocolate...)
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