© Paulo Abreu e Lima

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

soluções eficientes

É claro que me incomoda pagar 10 cêntimos por cada saco de plástico. É claro que o meu tempo para pensar no ambiente é diminuto quando tenho mil quatrocentas e noventa e oito questões práticas e pessoais sobre as quais pensar ao longo do dia, antes que a noite chegue e o corpo me ceda ao cansaço. É certo que o governo sairá um grande ganhador disto tudo e poderá aproveitar a medida ambiental sob um prisma lucrativo, não há nada melhor do que boas parcerias. Mas no final de contas, voltas dadas e análises feitas, o busílis que me prende está na atitude do cidadão, minha incluída: a bem da verdade, ou há algum critério de ordem superior que se insurge (euros, neste caso), para que eu passe a guardar os sacos religiosamente num local apropriado ao efeito, ou, de uma outra forma, e se o estado não se tivesse lembrado de os taxar de forma prendada, eu continuaria livre, ligeira e inconsequente, a guardá-los em rolos desordenados para tarefas um pouco menos ambientalistas, como a recolha de dejectos sólidos da minha gata. 

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