© Paulo Abreu e Lima

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Irreflexos (i)



Cada vez mais padeço do síndroma do incompreendido. Não que alguém, de facto, me tente compreender, mas no excesso em que me empenho para entender os outros, não vejo reflexo - enviesado que seja - do que sinto. Dito de outra forma, não vindico que me entendam, mas tenho a estranha sensação de que estão todos errados. Daqui, rapidamente, passamos para o síndroma do presunçoso. O que, não fora o perigo de incomunicabilidade, ainda não constitui presunção, per se.

8 comentários:

  1. Paulo,

    Penso que estás a atingir aquela idade em que começamos a interiorizar quão sós estamos no mundo. Até podemos estar rodeados de gente, família, amigos, conhecidos, vizinhos, mas se somos nós a sério, destacamo-nos da maioria, cansamo-nos do nós, e queremos ou presumimos o direito ao Eu, diferente, não alinhado, politicamente incorrecto e ostracizado pelo grupo.
    Já o sinto há muito....mas não sofro. Não dou ouvidos a quem não me interessa...

    Take it easy!

    ResponderEliminar
  2. A foto está virada ao contrário, não está?:)

    ResponderEliminar
  3. Meu caro

    Como eu entendo este post. O que, convenhamos, é um sintoma de bom entendimento. Que dois «incompreendidos» se compreendam é, por si só, um grande avanço na relação entre os homens.
    Um grande abraço... de compreensão :))))

    NR

    ResponderEliminar
  4. Meus Caros Amigos Virgínia e Espumante,

    Para dizer a verdade, sinto-me muito bem acompanhado por vós nesta minha estranha sensação do "lá fora anda tudo maluco". Por serem simplesmente quem são.

    Beijo e abraço,
    Paulo

    ResponderEliminar
  5. "...mas no excesso em que me empenho para entender os outros, não vejo reflexo.." :) Same here.

    Embora eu, curiosamente, acho que sou eu que só posso estar errada. É que as probabilidades de tantos contra uma estarem, de facto, errados ainda me assusta mais.
    Mas sinto sobretudo falta de identificação. Não consigo senti-la e isso, por si só, também não tenho a certeza que esteja, ou seja, o correto.
    Um beijinho querido Paulo.

    ResponderEliminar
  6. Querida Paula,
    E agora, é pelas estatisticas probabilísticas que te vais guiar? Só porque são poucos os diferentes de muitos...? Hmmm, não me parece que seja avisado malbaratar a génese. Digo eu.
    beijinhos,
    paulo

    ResponderEliminar
  7. Talvez a "essência" e a "existência", de uma forma complementar e "serena" possam prespectivar essa imagem,de(vida), nas suas múltiplas vertentes.
    Assim sendo, não me parece que a fotografia esteja ao contrário.

    ResponderEliminar
  8. Creio que seja amabilidade e muita gentileza sua, Filipa :)

    ResponderEliminar