Eu, sujeito medonho atento à mediania melíflua, muitas vezes ainda pasmo com o que leio. Ele é «epifanias», «perenidades» e «inolvidáveis». Às vezes, tudo junto numa só frase, perenes epifanias inolvidáveis, inolvidáveis epifanias perenes, epifanias perenes e inolvidáveis. Até parece que processos cognitivos mais densos prescindem de estrelas caducas olvidáveis, ou Kekulé precisava de ter comido o rabo da cobra – não prescindem, nem necessitava.
Meus caros, buscam erudição semântica? Criatividade espessa inenarrável? Pareceres diáfanos abrangentes? Jungir o que gostariam de ter sido com o que majestaticamente são? Boa. Agora é só fazerem o contrário.
Julgam(talvez!!) que a criatividade está num certo gongorismo, que foi efémero há mais de 200 anos!!
ResponderEliminarE andam aos círculos, às elipses (olha aqui uma figura de estilo!), de régua e esquadro sem dizer nada. Toda a palavra tem um significado e, com ele, uma consequência. Avancemos, então.
EliminarAbraço, Manuel!
Brilhante rasgo de retórica pertinente.
ResponderEliminarFelizmente há luar....
Bjo
Querida amiga, já me conhece há doze anos (doze, meu Deus!), e sabe o quanto embirro com mel condensado, não é? Mas atenção: já vi «epifania» da boa. Olaré! :)
Eliminarahahahahah muito bom!
ResponderEliminarTambém já li 'esta minha alma que se desvanece à lupa do teu olhar perene'.. :X
Portanto, vanece à lupa do teu olhar caduco, não?
EliminarSó quero frisar que o facto de embirrar com certas palavras, não as diminui em nada. Como é óbvio.
EliminarPerdeu-se simplicidade. Foi ficando por ai, esquecida. Na vida como nas palavras.
ResponderEliminarE é na simplicidade que está quase tudo, o que é importante.
Na simplidade está tudo - haja quem a atinja - o que é mesmo importante.
Eliminareu por acaso gosto de metáforas... mas poucas vezes me dá para as epifanias. :)
ResponderEliminarSofia Vieira
eu nem com vinagre :)
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