© Paulo Abreu e Lima

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Greve: eficácia e responsabilidade

Em qualquer país democrata ocidental o direito à greve está consagrado nas Leis como um dos instrumentos disponíveis pelos trabalhadores nas negociações com as entidades patronais sob o intuito de obter melhores condições de trabalho, remunerações e/ou outras regalias. Pode ainda assumir um meio de combate preventivo contra tomadas de posição unilaterais pelos empregadores, inserindo-se assim no pacote dos direitos de um trabalhador na esfera do vínculo do contrato laboral. Deve, ainda, ser considerado último reduto após negociações falhadas, onde se esgrimiram cedências de parte a parte.
 
A eficácia de uma greve é substancialmente diversa consoante os sectores em que são perpetradas. No sector privado é eficaz quando atinge directamente a entidade patronal, na exacta medida em que esta vê diminuída a produtividade da sua empresa e, por consequência, o lucro. Os danos infligidos aos clientes e aos fornecedores são questionáveis num regime de concorrência aberta, pois estes dispõem sempre, por definição, alternativa. Já no sector público empresarial, dada a especificidade de alguns mercados, os danos acabam por ser muito mais abrangentes, afectando clientes, fornecedores e, em última análise, todo o país. No sector dos transportes, por exemplo.
 
Há contudo um outro sector à parte cuja função vai muito além da cousa pública; constitui o cerne basilar de toda a comunidade, confundindo-se com ela mesma; é força centrífuga da organização e coesão social e humana e sem o qual jamais existiria civilização. Nele está o médico, o juiz, o polícia e… o professor. Em todos eles há mais do que uma profissão, muito mais do que um estatuto e ainda mais do que uma missão. Salvaguardando todos os direitos, em todos eles coabita um dever. É que pode haver quem cure, quem decida, quem salvaguarde e quem ensine; mas não há médico sem paciente, juiz sem culpado ou inocente, polícia sem ladrão e professor sem aluno. Não se trata de relações de dependência, mas de muitas relações de existência. Neste sentido, fazer greve às avaliações e aos exames é subjugar deveres e direitos ao crivo de espúrias dependências. É sonegar o norte a quem não tem bússola. É não ser professor, mas colaborador a dias.

44 comentários:

  1. Desculpa lá, Paulo, mas desta vez não concordo mesmo nada. Sabes bem o que disse e quanto disse aquando das arruadas quase sempre sem sentido no tempo de Maria de Lurdes Rodrigues (e olha que está ali a prova de que depois de mim virá quem de mim bom fará). Até hoje acho que se tivesse sido implementado um verdadeiro sistema de avaliações que separasse o trigo do joio, então agora não estariam todos a correr sério risco de ir para o olho da rua com uma mão à frente e outra atrás. Mas, neste caso em específico, a intolerância parece-me estar toda do lado do governo e do ministro porque, convenhamos, até já foram propostas alternativas exequíveis, mas não há cedências do lado da tutela. Depois, condicionar a greve é meio caminho para não respeitar a greve. Então agora há profissões que só podem fazer greves aos domingos e feriados? Da mesma forma que não se pode impedir a existência e actividade dos sindicatos (lembras-te quando o actual PR mandou polícias baterem em polícias?) E a greve dos professores não é suposto dar jeito ao governo, aos pais ou aos alunos. É e deverá ser quando de facto tiver impacto e até acho que desta vez se dispuseram ao diálogo. Se do lado dos professores já vi demasiados absurdos, especialmente quando dão um micro ao bigodinhos (por falar nisso, há quanto tempo não dará aquele homem uma aula? Talvez devesse dar um salto aqui ao Filipa de Vilhena e experimentar trabalhar numa escola onde uma mãe acha que pode entrar e sovar e socar um professor; mas os sindicalistas são, por natureza, uma espécie que só conhece teorias). E, pelo demo!, desta vez acho mesmo que os professores, além deles mesmos, estão a tentar salvar a escola pública desta fúria acéfala e ultra-liberal contra o ensino público, gratuito e com qualidade. Há neste governo demasiados tiques totalitários e o exemplo que Crato está a dar é sintomático e perverso para uma eficaz democracia. E para as futuras gerações, onde se incluem todos esses alunos que querem lá saber se o exame de português é a 17 ou a 27.

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    1. Hipatia, não estamos assim tão discordantes:

      1.Se fosse implementado um verdadeiro sistema de avaliações no tempo de MLR, não só estariam a leccionar os melhores, como muitos bons que estão agora desempregados não o estariam;

      2.As propostas alternativas exequíveis são falsas - veja-se como foi de imediato estendida a greve às avaliações por mais uma semana, de 18 a 28 de Junho. As famílias não podem ficar reféns dos calendários grevistas!

      3. Ninguém disse que os professores só podem fazer greve aos Domingos e feriados, mas os seus sindicatos nunca assumiram que a escolha do dia 17 era para atingir todo o sistema, muito pelo contrário, dizem que "calhou". Isto não é sério!

      4. Achas justo excluir os professores das 40 horas semanais, sendo que se mantêm as 22 e as 25 horas lectivas...?

      Da mesma forma que todas as classes profissionais deveriam ter direito à greve, não vejo razões para que os professores usufruam de regimes especiais de excepção. Outra coisa, o ensino obrigatória nunca foi gratuito, pelo menos para quem paga impostos. Mais ainda: em termos médios, sai mais caro a educação pública por 12 anos do que a privada pelo mesmo tempo. À razão de quase o dobro!

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    3. Não me entendeu, Virgínia. Falei na óptica do Estado. Se o Estado subsidiasse por inteiro as propinas no sector privado, saía mais barato em metade por aluno. Logo, algo não bate certo.

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    5. Pois... as escolas privadas não têm de pagar salários, equipamentos, serviços, etc. OK.

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  2. :) Este teu post dava já outro em escadinha. Ser professor pode e deve ser uma das mais nobres profissões do mundo. Eleva-se a gente pequenos seres que crescem em harmonia, entre escola e casa, entre cognição e emoção. Cabe ao mediador de cada local primordial o contrabalanço para a evolução surja em sintonia, mas para isso, é necessário que se encare a profissão sobre um conjunto alargado de domínios, muito além do intelectual. Está estudado e comprovado que o essencial do desenvolvimento humano assenta no afecto e na emoção, muito mais do que na cognição ( numa percentagem de cerca de 80% contra 20%, vê bem), o que realça bem a importância que o professor pode ter, ou não, na educação e no crescimento de um aluno. Um professor que na época da prova máxima dos seus, os abandona para lutar por direitos, só pode estar equivocado. Nesse dia, deveria vigorar apoio, confiança, presença, disponibilidade. No fundo, a essência da nobreza da profissão. Temos tudo ao contrário, portanto, numa era em que os valores saem da boca para fora mas morrem nos gestos. Parece tão fácil ensinar...

    ( Perdoa-me o excesso de palavras. Gosto do tema, tu sabes... :))

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    1. Perfeitamente de acordo, CF, não tenho nada a acrescentar!

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    1. Virgínia, ninguém aqui dramatizou nada, por mais que a Virgínia o tente. Por outro lado, não me parece que tenha lido bem o meu post: «Em todos eles há mais do que uma profissão, muito mais do que um estatuto e ainda mais do que uma missão. Salvaguardando todos os direitos, em todos eles coabita um dever.»

      Não sei ao certo quem defende os professores, mas de uma coisa tenho a certeza, nenhum sindicato que se diz representar os defende. Aliás, gostaria muito de saber onde é gasto o fundo sindical para o qual a maioria dos professores desconta. Se ao menos fosse para pagar os dias de greve...

      (Essa dos 30 anos de serviço efectivo com vínculo é retórica abjecta do sr. Nogueira, por favor!)

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    3. Ninguém aqui anda a brincar, mas posso ter opiniões diferentes da sua? Dá-me licença, ou só tenho excelentes opiniões quando escrevo sobre o céu e as estrelas? Please!

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  4. A greve é um direito democrático. Pois deve ser … mas nem todos têm acesso a ele. Pelo menos de forma livre e democrática.
    Como fazem os trabalhadores a contrato? E os que trabalham a recibo verde? ( falo dos que estão nessas condições no privado, claro! ). Como fazem os trabalhadores dependentes de um patrão que está com a mesma crise para gerir?
    Temos tantos casos em que a greve é uma forma de luta não aplicável!
    No que diz respeito aos professores eu concordo 100% com o Paulo e com a CF.
    Como mãe, Já passei por essa experiencia. São dias de muito sofrimento … o futuro fez-se ao longo de um percurso de 12 anos, mas a verdade é que os exames finais têm um peso enorme na nota final de candidatura!
    Só consigo entender que todos os intervenientes na educação de um jovem, num dia como este, estejam ansiosos e dependentes do ‘tal’ exame! Avós, pais … e professores ….

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    1. A Maria João Morgado levanta uma questão que todos nós devíamos pensar: no concreto, o direito consagrado na lei à greve não é para todos, uma grande verdade! Mais uma razão para pedir mais responsabilidade a quem é permitido tal instrumento...

      Completamente de acordo.

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    1. Ó Virgínia, por favor, até parece que a Amiga despreza os alunos, caramba!

      Depois, não quer que se dramatize a situação dos alunos, mas dramatiza com todas as letras a situação dos professores. Afinal quem tem medo de ser um bom professor??

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    3. Continue com o seu solilóquio. É manifestamente impossível discutir consigo.

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  6. Na verdade, Paulo, confesso, hesitei longamente em comentar este post. Porque o assunto me diz directamente respeito. E também, porque não me apetece entrar em "polémicas". Mas depois, pensando bem, achei que calar-me é uma coisa que não tem mesmo nada a ver comigo. Às vezes, reconheço, até falo demais. Neste caso, achei que passar ao lado da questão podia ser quase uma cobardia, apesar de eu não ter que decidir, agora, fazer greve ou não fazer.
    Não faria. Mas sou professora. E, por isso, conheço pelo lado de dentro e de fora tudo aquilo de que se fala nos últimos dias. Bem demais, de resto!
    Todas as pessoas adoram falar sobre as escolas, o ensino e os professores e os alunos e têm imensas opiniões sobre tudo. Mas só quem está na escola e a vive na dureza do quotidiano sabe a "história" toda. Que são muitas histórias.
    Ser professor é muito difícil e muito duro. E isso, só quem é professor consegue entender completamente. Os professores sempre trabalharam em péssimas condições, sempre foram mal pagos, maltratados e desconsiderados. Muitas vezes também por culpa sua.Porque muitas vezes se "põem a jeito", é verdade. Mas também é verdade que com tudo o que se lhes exige e trabalhando nas condições em que trabalham, a maior parte faz, todos os dias, verdadeiros milagres. Porque, em geral, apesar do stress e do desgaste e de tudo, gostam do que fazem. Com excepções, claro, como em tudo.
    Para não me estender muito, que era capaz de ficar aqui horas a falar sobre isto, direi que não concordo com a greve porque ela não vai resolver nada. Eu percebo a insatisfação dos professores, que também sou, mas irrita-me que vão atrás do que pensa e decide o "bigodinhos" (em que a quase esmagadora maioria dos professores não se revê nem se considera representada, assim como AA não representa nenhum pai, acho eu) sem se questionar sobre as consequências e eficácia disso tudo. E se calam em relação a tantas outras coisas que eu acho tão graves e com tantas consequências para os alunos como o AO ou a Nova Terminologia Linguística, por exemplo. Porque os professores em relação à maior parte das coisas obedecem sem pensar, sem questionar, sem reclamar. E neste caso, tendo razão em algumas coisas, estão a ser utilizados numa acção que me parece de um imenso oportunismo político.
    É verdade, também, que os alunos vivem os exames em situação de stress e havendo estas perturbações tudo isso é potenciado, não é indiferente fazer na data x ou y, mas tenho pena igualmente que hoje quase todos e os pais, em particular, se preocupem de uma maneira geral muito mais com a avaliação, o exame, a nota, muito mais do que com os alunos aprendem efectivamente e a escola pode ensinar-lhes.(Sei muito bem do que falo, porque todos os dias recebo queixas de pais sobre as coisas mais ridículas que se possa imaginar, mas sobre o que verdadeiramente importa e se deviam queixar, raramente se queixam).
    Enfim, podia dizer muito mais coisas, mas vou calar-me. Globalmente, concordo consigo. (E a Maria de Lurdes Rodrigues foi, para mim, a pior Ministra de Educação que tivemos, a que tratou pior os professores, mas infelizmente as pessoas esquecem tudo demasiado depressa - e isto foi só um aparte). E peço desculpa se me alonguei demasiado.

    Beijinho :)
    Isabel

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    1. Não tem nada de pedir desculpa. Mais do que concordar com quase tudo o que diz, gabo-lhe a coragem de vir aqui dizer tudo o que pensa de uma forma tão sensata. Obrigado, Isabel.

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  7. Caríssimas, muito obrigado pelos seus comentários, principalmente pelo tempo e reflexão que todos eles merecem, mas hoje, como há uns dias, estou sem cérebro devido a uma grande constipação. Responderei amanhã um a um cada comentário adequadamente. Grato.

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    1. Quanto às razões puramente economicistas, proponho que o vosso sindicato vá falar directamente com a troika. Principalmente, o sr. Nogueira de bigode aparado.

      Virgínia, toda a administração pública está a ser afectada e os professores querem regimes de excepção. Assumam.

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    3. Virgínia, eu não tenho razão em quê? Não me está a ler bem, só pode. À falta de argumentos, fica tão bem acabar com um supimpa I rest my case...

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    5. O verbo está errado, não é "aceitar" é "concordar"! E se se insurge tanto contra a minha opinião, nem sequer admitindo que a possa ter, estamos conversados!

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  9. 100% de acordo com a Hipatia e ainda acrescento que este raciocínio, se levado a sério, é o princípio do totalitarismo. É que os varredores de ruas também cumprem uma função importantíssima e insubstituível, tal como os condutores de transportes públicos: com base nisto, também lhes restringimos o direito à greve?
    Digo ainda mais, e nisto acredito estar em minoria: sou até a favor de direito à greve em todas as profissões, incluindo polícia. Tal como os médicos, se for assegurado que nesse dia não carregam arma e estão garantidos serviços mínimos, nada contra.
    A greve é uma forma universal e transversal de luta, garantida àqueles que não têm qualquer autonomia na forma como é regulada a sua situação laboral. Não é para ser feita quando dá jeito ou menos incómodo. E os meninos não morrem se forem à segunda chamada, mas algo estaria muito mal se os professores se coibissem de fazer greve porque esta causa transtorno. Ainda mais quando os alunos, neste caso concreto, lhes deveriam estar ainda gratos, por se tratar de uma luta justíssima, pela escola pública.

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    1. Izzie,

      Ninguém aqui restringiu o direito à greve, muito pelo contrário. Os casos que citei são apenas basilares na comunidade. Também sou a favor do direito à greve de todas as classes profissionais. Chato, chato, é se algum Tribunal Arbitral decide que os médicos não são obrigados a garantir serviços mínimos... de resto, está na consciência de cada polícia em greve deixar a cervejola e a ganza de lado e socorrer a velhinha ao lado violentada.

      Quanto ao calendário de exames, não me parece bem informada, Izzie, mas, claro, se esta greve for até às últimas consequências, qual é o transtorno de um aluno não poder escolher livremente o curso que escolheu ou ainda ficar retido mais um anito...? Afinal é tudo pela escola pública.

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    2. No ano em que fiz provas específicas, houve greve dos professores do ensino universitário. Fiz as provas de acesso a direito em 2ª chamada, houve greve às correcções, e só em Janeiro de 1990 saíram as pautas de acesso e soube que tinha entrado. Foi um transtorno? Foi. Mas não ponho em causa o direito daqueles profissionais. Portanto, nenhum aluno perderá o direito a se candidatar, o mais que acontecerá é um atraso em todo o processo, nenhuma calamidade.

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    3. E fizeste o 1º ano em seis meses...?

      (O problema é que muitos alunos precisam de saber primeiro uma nota para decidir depois por que via é que vão, é muito chato, Izzie e, como disse atrás, questiono a eficácia desta greve, para além dos interesses sindicais, enfim)

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    4. Sim senhor, e não foi o fim do mundo. Foi complicado, mas não foi a pior coisa que me aconteceu na vida.

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    5. Sabes, Izzie, nem todos possuem mentes brilhantes como tu... :PP

      (Pá, era um elogio!)

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  10. Fazendo uma adenda ao meu post, se no ano em que as minhas filhas fizeram os exames do 12º ano acontecesse uma situação destas, eu :
    - a elas diria : “Se estudaste o que devias, se estás preparada para o exame, tanto te faz um exame no dia 12, 13 ou 14!!! Quando for é, sem crise!”
    - como mãe sentiria : “Carambas! Estão estes adolescentes a lutar por décimas para conseguirem entrar no curso que querem e os professores resolveram protestar logo agora! “
    - como cidadã pensaria : “Os professores estão no direito deles de usar a greve para defenderem as suas carreiras! Os alunos estão, ou não, preparados para o exame e por isso o dia em que o vão realizar é indiferente!”
    Logo … o meu post anterior foi escrito como mãe… e a sentir ! ;)
    Virginia, claro que não reduzo 12 anos a um exame. Mais, se os 12 anos serviram para aprender o exame até devia ser algo ‘pacifico’ e não de stress. O problema é as ‘décimas’ … infelizmente sou uma das centenas (senão milhares) de pais, que teve de gerir uma filha que não entrou á primeira no curso que queria por uma décima. A “específica” que ela fez contava 50% para a média e ela teve 19,6 no exame! A solução foi esperar um ano para repetir o exame e ter um vinte!!! Não é fácil, acredite! …
    O stress destes dias, na minha opinião, não vem do exame em si mas do que significa perder uma décima!

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    2. Virgina,
      O meu português está incorrecto. Tem razão.
      A palavra gerir vem de uma mania minha de que tudo o que faço parte de uma "gestão de sentimentos / razão" ...
      Neste caso o que deveria ter escrito é que apoiei ( para dar o apoio que achei correcto, tive que gerir os meus sentimentos e a minha razão!:) ).

      Só como nota final gostava de dizer que acredito que haja pais que fazem o que a Virgina diz. Mas felizmente não sou eu!
      As minhas filhas seguiram a area de estudos que gostavam! ( e nenhuma foi para medicina ).
      Neste caso foi Artes Plasticas na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto ( acha um curso com segurança?! ) , nota de entrada 17!
      A média de 12º não era famosa daí a necessidade da nota do exame!

      Paulo, peço desculpa de estar a alongar-me e como já dei a minha opinião sobre o assunto do post, não volto a escrever.
      Senti necessidade deste ultimo comentário porque achei que o 'retrato' que a Virginia fez dos alunos, e dos pais, não encaixava no meu caso, como não encaixa em muitos outros... felizmente!


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  11. Depois de publicar o meu último post pensei que deveria ter dito que não sou professora. As minhas filhas sempre estudaram no ensino publico, sempre fui às reuniões de pais e no caso da minha filha mais velha ( que é a do caso da ‘décima’! ) também frequentei as reuniões da associação de pais do liceu que ela frequentou. Tenho que acrescentar, que neste caso, o grupo de professores era excecional! Fica assim um pequeno resumo do meu perfil neste caso! 

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    1. Maria João, não precisava nada de apresentar "perfil" algum, o que vale é a sua opinião.
      Em qualquer caso, grato :)

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  12. Obviamente que concordo com a Hipatia, a Izzie a ainda mais com a Virginia (muito bem, Virginia, subscrevo cada palavra :)). Não me considero minimamente "equivocada" já agora. Essa não compro, perdoem-me os meus queridos bloguistas, Paulo e CF. E como tendo a ser lacónica, vou sair, até porque já tinha estado aqui e não tinha querido comentar o post por razões afetivas:) Mas efetivamente, estou em desacordo. Sorry! :)

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    1. Fatinha, não costumo, como sabe, escrever sobre assuntos polémicos, mas como é óbvio posso e devo expressar a minha opinião de acordo com a minha vivência prática e até teórica.

      Estamos apenas aqui a trocar impressões e tudo o que aqui foi dito não está no domínio da afectividade, mas da livre opinião. Daí que, por favor, nunca me peça desculpa por discordar.

      Um beijinho :)

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    3. Provavelmente nem disso mais falará.

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