© Paulo Abreu e Lima

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Agora, Outono


Preciso deste frio para despertar,
E daquela humidade para amolecer;
Necessito de cores onde me agarrar
A estima, que não pode esmorecer.
Não percebo este Outono,
Que só agora tarde se desfaz
De um novelo feito em sono
Que acorda e desponta tenaz.
Preciso de cores retumbantes
Como num quadro pré-Jurássico
De formas estranhas mas amantes
Que ecoam ao fundo dum som trágico.



6 comentários:

  1. Também preciso depois de 20 dias de sol californiano.... :) Belo poema.

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  2. Gosto de tudo. Do poema, do medronho (certo?), do cogumelo (deste estou certa!) e da baga vermelha (que é exactamente o quê?).

    (Não se perdoam estas incertezas a uma apaixonada do Outono...)

    :)

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    Respostas
    1. Medronho, claro. A baga é de uma buganha, acho eu, mas estes senhores é que sabem tudo. Ainda vou lá perguntar.

      (Gosto de um certo friozinho e dos odores a seiva morta. Detesto a chuva com vento do lado de fora da porta)

      Vamos aos míscaros? :)

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