"A palavra escrita ensinou-me a escutar a voz humana, assim como as grandes atitudes imóveis das estátuas me ensinaram a apreciar os gestos."
(Marguerite Yourcenar in "Memórias de Adriano")
Os grandes acordes musicais ensinaram-me a sentir todo o meu corpo, assim como a eloquência de algumas fotografias me ensinou a olhar com humildade para o meu espelho.
Livros e música fazem parte do nosso imaginário desse que nascemos até que morremos. Nos casamentos e funerais, há palavras e música. Sem elas a vida humana não é homenageada devidamente.
ResponderEliminarÉ verdade, e porque será que não há fotografias nos funerais (sem contar com os de figuras públicas)? Olhe que, parecendo óbvia, a resposta não é imediata. Não é.
EliminarPorque na fotografia em geral se querem perpetuar rituais felizes, momentos gostosos e nos funerais, as pessoas estão com semblantes carregados, óculos escuros, lacrimosas.....
EliminarPS. Esqueci-me de dizer que a foto acima está um monumento; Paulo.
A criança tinha uma lágrima seca embebida em pó, ficou expressiva.
EliminarO seu olhar traduz expectativa, receio mas divertimento ao mesmo tempo. É um olhar único!
EliminarDepende. Deles, de nós e do tempo.
ResponderEliminarNeste caso especifico, deste livro, desta estátua, desta música e desta fotografia vem beleza, harmonia e ensinamento.
:) Lindissimo post Paulo
Memórias de Adriano é tido como um livro maçudo, falsamente catalogado como um romance histórico. Não é nem romance, nem maçudo e o recorte histórico é perfeito. Considero-o um ensaio filosófico muito interessante. Para ler e pensar.
EliminarObrigado, Maria João :)
Não conheço o livro, Paulo. Fiz a avaliação pela frase que transcreveu. E essa tem beleza e ensinamento.
EliminarO meu comentário não devia dizer '... deste livro ...'
Confissão feita ;)
Não precisava, estava a recomendar apenas a leitura ao invés de muita gente ;)
EliminarA fotografia, como a música, como a literatura ensinam-nos a vida e enfeitiçam-nos.
ResponderEliminar(Também gosto muito das Memórias de Adriano e de Yourcenar, que é uma escritora enorme. E das suas fotografias, que denunciam uma alma de artista. Nada do que eu disse sobre este blogue é "imerecido", Paulo, porque com posts lindíssimos como este eu consigo pensar, emocionar-me, sentir-me em casa e descansar. Tudo ao mesmo tempo...)
Beijinho :)
Mas assim, quem fica sem jeito sou eu...
EliminarBeijinho :)
Paulo
ResponderEliminarPubliquei no livro "As mulheres que amaram demais" uma pequena biografia de Yourcenar cuja vida foi, a muitos títulos, fascinante.
Ela e Agustina Beça Luis foram duas autora que me marcaram muitíssimo. E as Memórias de Adriano é um dos mais importantes livros que até hoje li!
A frase escolhida e o comentário feito não podiam ser mais adequados.
Gostei muito.
Também a comparo com a nossa Agustina. E nos enlevos filosóficos, com Schopenhauer (budismo à parte).
EliminarObrigado, Helena.