© Paulo Abreu e Lima

segunda-feira, 12 de maio de 2014

questões de importância

A canção vencedora do Eurofestival tem sido alvo de celeuma, tudo pelo facto de ser cantada por uma pessoa supostamente estranha. Não sei o nome dela, em que género se define, sei apenas que é uma pessoa que canta, que é o quanto me basta para a respeitar enquanto isso mesmo, pelo menos até que me provem que possui características de uma criminosa ou algo semelhante. - Fim do mundo! bradam uns. - Aberração! vociferam outros, do alto do seu estatuto perfeito e irrepreensível. - Anormalidade! gritam ainda alguns normais, tão exemplares quanto a diferença lhes permite que sejam. Fico extremamente calma com estas reacções, devo dizê-lo, todos deveríamos ficar, mostram claramente a natureza humana na sua essência, no seu âmago, na sua estupidez, sem fabulações e sem desculpas. Tudo quanto usualmente costumamos dizer em sentido contrário é que é puro engano, uma construção enredada, uma mentira, uma dissimulação. 

(Pestanas falsas incomodam os púdicos, palavras falsas não. É tudo uma questão de importância)

6 comentários:

  1. TERESA PERALTAmaio 12, 2014

    Sem duvida CF! Os juízos de valor são sempre muito relativos...
    Beijinho :)

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    1. E frágeis Teresa. Mais do que tudo frágeis...

      Um beijinho também para si :)

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  2. Os juízos e os juízes são, de facto, muito frágeis!

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    1. Sim Helena, é isso. A fragilidade começa sempre nos juízes...

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  3. Mesmo sem ter visto o Festival e acompanhando muito pouco da polémica que se lhe seguiu, impossível não concordar com o que aqui está escrito (post e comentários).

    Beijinho

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    1. Também não vi, apenas vi o seguimento. Enfim, uma vergonha e uma tristeza Isabel... :(

      Beijinho

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