© Paulo Abreu e Lima

segunda-feira, 9 de março de 2015

E se


Se tudo o que eu sinto fosse uma imagem, seria um mar de algodão-doce onde te escondias e donde surgias aqui e ali sempre corrupiando, como uma bailarina de patins muito brancos que gira, gira e gira e só pára quando me aproximo para a segurar. Se tudo o que sinto fosse um vasto horizonte, serias o fio laranja de cobre que delineia o último vestígio vivo entre o Céu e a Terra depois do sol morrer e ao qual me uniria por todos os breus. Mas se tudo o que sentes fosse uma praia, bastaria que eu fosse um único grão de areia de um castelo já levado pelo mar.

7 comentários:

  1. Acho que me casava num abrir e fechar de olhos com um homem que me dedicasse esta prosa sublime :) Desculpe o desabafo! E agora, se me dá licença, vou sair de mansinho para não estragar a beleza deste post!

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    1. Ó Miss Smile... muito obrigado. A sua presença neste blogue tem sido das melhores descobertas dos últimos tempos. Até porque do que já li do seu, deixa-me sempre um sorriso prazenteiro. Ficamos, inclusive, mais inteligentes. Logo passo por lá :)

      Beijinho,
      Paulo

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  2. Que bom de ler este texto teu... <3

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