© Paulo Abreu e Lima

quinta-feira, 5 de março de 2015

vida

A escuta séria da experiência alheia pesa até fazer doer o ego. Com ela percebemos que a vida pode ser mais amarga do que o fel que a minha avó cortava cesso das entranhas dos coelhos, que a nossa mente é mais complexa do que um labirinto sem fim e que a simplicidade, aquela que é precisa para que existam momentos felizes, fica ferida de morte quando crescemos além dos vinte. Depois disso é esperar pela velhice a ver se ela volta consistente. Até lá é julgarmos que a encontramos, vê-la raramente e rezarmos muito para realmente lá chegarmos. Quando por fim acontece, não temos tempo útil para a recebermos.

6 comentários:

  1. Por isso é que é bom lembrarmo-nos sempre de manter um lado de criança dentro de nós! :)

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    1. Também acho, Maria João. Mas este em especial, não é fácil de guardar... :)

      Beijinho

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  2. E é precisamente quando ganhamos consciência de que o tempo útil começa a escassear que aprendemos a valorizar a simplicidade. Não me refiro à simplicidade como um conceito redutor. Não acredito que seja a complexidade que nos conduz à simplicidade. Penso que é a simplicidade, com a sua coerência aparentemente simples, que encerra uma infinidade de complexidades labirínticas, fazendo jus à tão propagada máxima “Less is more”.

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    1. Miss Smile, por certo será como diz... Esta simplicidade jamais será redutora. Será a magia de sabermos viver a vida com o que ela tem para nos dar...

      Um beijinho para si. :)

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  3. Quero acreditar que não é sempre assim.

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    1. Também... Mas cada vez acredito menos...

      Um beijinho :)

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