Às vezes queremos sangue para não sentir o sabor do sal das lágrimas contidas. Outras, sorvemo-las até sararem as feridas auto-infligidas.A maior contradição, e aflição, da raiva é esta ser "um veneno que bebemos esperando que os outros morram".
Todos nós um dia já perdemos a cabeça e quisemos ver sangue onde 'bastavam' lágrimas, esse líquido milagroso feito de nós mesmos... Esta sua fotografia parece irreal... ou é uma pintura?...
Costuma-se dizer que as lágrimas lavam a alma e o "sangue" suja o corpo (acrescento eu).
A foto é obviamente real, depois do pôr-do-sol. O interessante da foto está na cor viva com que as nuvens de cima ficaram. Em cinco minutos chovia torrencialmente.
Tudo um pouco "negro"... Mas a fotografia é linda! E lembrou-me um poema de Mário Dionísio: "Estamos sentados sós cobertos de silêncio gravemente olhando /o que de tantos anos gentes e lugares ali se vão juntando / numa presença oculta e muda onde começa agora sim a solidão."
Ponha negro nisto, Isabel. A começar pela foto, passando pela frase e acabando na música. Mas olhe que o poema de Mário Dionísio não fica nada atrás, caramba... :)) Coisa estranha esta nossa da beleza viver na tristeza, não?
É o fado, Paulo. Temos uma alma melancólica que, até no profundamente belo, vê um pouco de tristeza. Nada a fazer! ... Desde que não se abuse... Que também não há paciência para humores demasiado depressivos. Eu, pelo menos, não sou nada do "spleen"...
Olhe Paulo, outras vezes rimos das lágrimas choradas e das raivas reprimidas...porque o tempo altera tudo! A vida é tão curta que aquilo que ainda me causa alguma raiva são as lágrimas que não valeram a pena. Mas isto, só a idade ensina.
Todos nós um dia já perdemos a cabeça e quisemos ver sangue onde 'bastavam' lágrimas, esse líquido milagroso feito de nós mesmos...
ResponderEliminarEsta sua fotografia parece irreal... ou é uma pintura?...
Costuma-se dizer que as lágrimas lavam a alma e o "sangue" suja o corpo (acrescento eu).
EliminarA foto é obviamente real, depois do pôr-do-sol. O interessante da foto está na cor viva com que as nuvens de cima ficaram. Em cinco minutos chovia torrencialmente.
Tudo um pouco "negro"... Mas a fotografia é linda!
ResponderEliminarE lembrou-me um poema de Mário Dionísio: "Estamos sentados sós cobertos de silêncio gravemente olhando /o que de tantos anos gentes e lugares ali se vão juntando / numa presença oculta e muda onde começa agora sim a solidão."
Ponha negro nisto, Isabel.
EliminarA começar pela foto, passando pela frase e acabando na música. Mas olhe que o poema de Mário Dionísio não fica nada atrás, caramba... :))
Coisa estranha esta nossa da beleza viver na tristeza, não?
É o fado, Paulo. Temos uma alma melancólica que, até no profundamente belo, vê um pouco de tristeza. Nada a fazer! ...
EliminarDesde que não se abuse... Que também não há paciência para humores demasiado depressivos. Eu, pelo menos, não sou nada do "spleen"...
Beijinho :)
Creio exactamente no contrário: "até no profundamente" triste, vemos coisas imensuravelmente belas.
EliminarBeijinho, Isabel :)
E “Enquanto houver um louco, um poeta e um amante haverá sonho, amor e fantasia. E enquanto houver sonho, amor e fantasia, haverá esperança.” :)
ResponderEliminarOu seja, enquanto houver um louco, um poeta e um amante, haverá "mais coisas entre o céu e a terra do que pode imaginar a nossa vã filosofia." :)
EliminarOlhe Paulo, outras vezes rimos das lágrimas choradas e das raivas reprimidas...porque o tempo altera tudo!
ResponderEliminarA vida é tão curta que aquilo que ainda me causa alguma raiva são as lágrimas que não valeram a pena. Mas isto, só a idade ensina.
Abraço
E eu espero ter ainda algum tempo para aprender como se fosse muito burrinho :-)
EliminarAbraço, Helena.
Um espaço no qual a terra toca o céu e vice-versa. Um espaço de amor, ainda que nostálgico.
ResponderEliminar(maravilhosa foto)
Boa tarde, Paulo. :)
Muito obrigado, Maria.
EliminarBoa madrugada :)