© Paulo Abreu e Lima

terça-feira, 29 de julho de 2014

erros

Reconhecer as falhas pode ser um beneficio tremendo, ou pode ser quase nada. Vale se a partir daí exercermos, é inútil se não aprendermos. A assumpção do erro por si só pode ser a mera satisfação de uma necessidade de reconhecimento, de validação, de consciência (e de abolição do rótulo da teimosia). O processo de seguimento da acção é bem mais complicado, mais ou menos como uma dieta ou um processo de desintoxicação de substâncias. O inicio pode dar-se cheio de si, mas se daí em diante não nos empenharmos continuaremos demasiado gordos, excessivamente dependentes, e simplesmente assumidos. Em termos práticos (e só em termos práticos), é igual a coisa nenhuma. 

4 comentários:

  1. Nunca tinha pensado bem nisto, visto desta maneira. Mas, mesmo admitindo que reconhecer o erro já é bom, não passar daí soa/sabe a pouco. Concordo consigo! ;)

    Beijinho

    (Ainda assim fiquei a pensar: na verdade há erros e há ERROS. E se é bom evitar cair neles repetidamente, também nos acontece "escorregar" humanamente, aqui e ali. Não?)

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    1. Claro que sim Isabel. Errare Humanum est. É assim que se diz, certo? Pela minha parte escorrego vezes sem conta. E às vezes mudo e outras vezes não. E outras, tantas outras, assumo sabendo que não mudarei. Quer mais franco do que isto? Não sei se consigo...:)

      Beijinho.

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  2. Transformar algumas coisas (as que queremos, claro) exigem uma verdadeira superação, por estarem muito ligadas à nossa essência. Em tempos chamei-lhe de resistência (http://mae-sabichona.blogspot.pt/2014/05/resistencia.html), ainda que num contexto específico. De forma mais abrangente é o seu texto que traduz o que penso na perfeição.

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    1. :) A nossa essência é o que nós somos. Custa sempre, mesmo quando é para mudar para melhor...

      beijinho para si.

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